O Seattle Storm sobrou nesta temporada da WNBA. Em uma temporada atípica disputada em uma “bolha” em Orlando, na final a equipe o Las Vegas Aces e garantiu o anel da temporada de 2020. Com um tranquilo 3-0, esse time do Storm é considerado um dos mais fortes da história da liga e do basquete feminino.
Ano passado, o Seattle não contou com suas duas jogadoras mais importantes, Sue Bird e Breanna Stewart, este ano veio completo e já era o favorito antes mesmo dos jogos na bolha de Bradenton começar.
Storm 4 títulos
Sue Bird 4 títulospic.twitter.com/yadbDlcg4Q— NBA das Mina (@NBAdasMina) October 7, 2020
A superioridade foi confirmada durante a temporada, com uma classificação antecipada e um descanso antes das semifinais, quando enfrentou o Minnesota Lynx, da brasileira Damiris Dantas, e venceu por 3 a 0.
Mesmo com a MVP da temporada, A’ja Wilson, o Las Vegas Aces não conseguiu impor dificuldades sobre o time bem preparado de Seattle. E quebrou a sequência de 5 anos, na qual o time que tinha a MVP era campeão da temporada. Wilson terminou o jogo com 18 pontos e 6 rebotes, sendo de longe, a melhor jogadora do time de Nevada, que parecia apático e derrotado durante toda a partida.
É o quarto título do time em 16 anos, que de lá para cá contou com inúmeros personagens importantes, mas sempre manteve a mesma liderança, Sue Bird. A jogadora, que está há uma semana de completar 40 anos, conquistou seu 4° título assim como a franquia, e continua sendo umas das peças principais.
Nos dois primeiros jogos das finais, a armadora tinha uma média de 13 assistências e ontem anotou mais 7, na vitória de 59 a 92. Os passes incríveis tinham endereços certos, formando uma dupla letal com Breanna Stewart, o Aces não teve a mínima chance.
E por falar em Stewie, a jogadora foi novamente a MVP das finais, repetindo o feito de 2018, e mostrando que voltou ainda melhor após a lesão no aquiles que sofreu em 2019. No primeiro jogo, a ala-pivô anotou 37 pontos e 15 rebotes, quebrando o recorde da liga em playoffs, e terminou a série com média de 26 pontos por jogo.
A primeira escolha do draft de 2018, Jewell Loyd, apelidada carinhosamente de Gold Mamba por Kobe Bryant, fez um discurso emocionante após o jogo e dedicou a vitória ao jogador que faleceu em janeiro. Sempre presente, Kobe fazia questão de apoiar o basquete feminino e comparecer aos jogos da WNBA.
queria morar nessa foto pic.twitter.com/R74NAjastm
— Hta (@Agatamaximo) October 7, 2020
O título reforça a fórmula de sucesso proposta pela Force 10 Hoops, o grupo 100% feminino que é dono do time. Apaixonadas por basquete, e especificamente, pelo Seattle Storm, Dawn Trudeau, Lisa Brummel, and Ginny Gilder decidiram comprar o time em 2007 por 10 milhões de dólares, mesma época em que o Seattle SuperSonics foi vendido a um grupo de Oklahoma, e se tornou o Oklahoma City Thunder.
O “Storm Way” como elas gostam de chamar, foi o jeito que elas acharam para unir os negócios, o basquete e a pautas sociais. Inclusive, a temporada de 2020 da WNBA foi em homenagem a Breonna Taylor, a jovem estadunidense morta dentro de casa por policiais.
O ambiente familiar do time, faz com que todos, do staff às jogadoras, sintam-se acolhidos e protegidos, e os vínculos formados vão muito além do basquete.
Em um ano tão conturbado, assistir a vitória de uma organização engajada e preocupada, não só com o esporte mas com a sociedade, nos traz felicidade e alívio. E uma coisa é certa, o Seattle Storm já é o favorito para o título de 2021.
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Por Ágata Maximo, NBA das Mina.
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