AS AVENTURAS DAS ESTRELAS DA NBA EM OUTROS ESPORTES

Quem Michael Jordan um dia decidiu trocar a bola laranja pelo bastão de beisebol, muita gente sabe. Mas ele foi apenas uma das estrelas da NBA que se aventurou em outra modalidade.
Mas, como com ele tudo é diferente, sua mudança ocorreu quando estava no auge da carreira. Aos outros “meros mortais”, a aventura em outro esporte aconteceu antes da chegada até a NBA.

TIGHT END LEBRON
Quem também já se aventurou em outro esporte foi Lebron James, que nos tempos de High School jogou futebol americano e também se destacou.
Tanto que o então técnico de futebol americano da Ohio State, Urban Meyer, foi visitá-lo para oferecer ao garoto uma bolsa de estudos caso ele aceitasse jogar pelo time.
Lebron disse que ia pensar, mas seu técnico de basquete estava presente e caiu na gargalhada.
Tempos depois, o Urban Meyer perguntou qual era a graça naquilo.

Eu não sabia porque ele começou a rir quando fiz a oferta ao garoto.
Sentamos para conversar e ele me disse:
– Você sabe quem é ele?
– Não.
– LeBron James.
– Quem é LeBron James?
– Ele será o próximo Michael Jordan.

Tempos atrás o Bleacher Report conversou com algumas pessoas ligadas a NFL para tentar imaginar como Lebron seria caso tivesse aceito o convite do técnico de futebol americano.
Nenhum nome dos entrevistados foi revelado, mas os que estão na matéria foram unânimes em dizer que o astro do Lakers teria sido um dos melhores na posição tight end (http://abre.ai/lebron_highlights).

A condição física de King James realmente sempre fez a diferença. Alto, forte e rápido. Só para comparar, a média de altura da linha defensiva da NFL é de 1,80m, o que daria a ele uma vantagem de altura de 18cm.

 

QB ALLEN IVERSON
Outro que jogou futebol americano antes de chegar às quadras foi Allen Iverson, MVP da NBA em 2001.
Com 1,83m ele foi um dos melhores pontuadores que a liga já viu e também marcou muito por seu estilo e polêmicas fora de quadras.

E por pouco o ídolo do 76ers não virou estrela da NFL – ou pelo menos tentou. Quando estava no colégio, Iverson tinha dúvida sobre qual caminho seguiria: o basquete ou o futebol americano.
Isso porque ao mesmo tempo em que era armador do time de basquete, também era o quarterback titular do time de futebol americano (http://abre.ai/iverson_qb).
Polêmico como sempre, Iverson chegou a dizer que seu esporte preferido é o da bola oval e revelou que só começou no basquete, aos nove anos, obrigado por sua mãe, uma ex-jogadora.

“Chorei quando ela disse que eu não iria mais jogar futebol (americano).”

 

CORNERBACK NATE ROBINSON
Outro que escolheu a bola laranja ao invés da bola oval foi Nate Robinson. Mas, foi por pouco.
O “baixinho de 1,75m” que ficou conhecido pela raça e explosão em quadra foi o primeiro tricampeão do Torneio de Enterradas – ele venceu em 2006, 2009 e 2010 (http://abre.ai/nate_dunks). Mas, antes de tudo isso, brilhou no futebol americano.

No high school, Nate praticava basquete, futebol americano e corrida, sendo muito bom em todos eles. Tanto que, inicialmente, se inscreveu na Universidade de Washington para uma bolsa como jogador de futebol americano, mas sem abandonar o basquete.

Como cornerback de Washington, foi titular em todos os jogos da temporada e fez uma interceptação muito importante na final da Apple Cup em 2002 (http://abre.ai/nate_highlights).
A partir do segundo ano de College ele decidiu se concentrar no basquete, onde fez mais duas boas temporadas e ajudou o Washington Huskies a chegar ao título da NCAA em 2005 (http://abre.ai/nate_bsk_football).

O bom desempenho em quadra o levou até o draft da NBA, quando foi a 21ª escolha feita pelo Phoenix Suns que imediatamente negociou com o New York Knicks mandando Nate Robinson e Quentin Richardson em troca de Kurt Thomas e mais a escolha da segunda rodada.

 

TIM DUNCAN, O NADADOR

Outro jogador diferenciado e que também quase seguiu carreira por um caminho bem diferente foi Tim Duncan. Pentacampeão da NBA, duas vezes MVP e, para muita gente, o melhor na posição de ala-pivô, ele poderia nunca ter jogado basquete.

Nascido em Saint Croix, nas Ilhas Virgens Britânicas, Duncan passou sua infância e pré-adolescência sonhando em ser um nadador. Sua irmã, Tricia, era nadadora e havia participado da Olimpíada de 1988, em Seul, e ele tinha como meta disputar as Olimpíadas de 1992, em Barcelona (http://abre.ai/duncan_stcroix).

Sonhando em seguir as braçadas da irmã, Duncan já despontava como promessa nas provas de 50 metros, 100 metros e 400 metros nado livre
Mas, o sonho de menino terminou quando ele tinha 12 anos. Em 1989, o Furacão Hugo passou pelo Caribe destruindo muita coisa, entre elas a única piscina olímpica da ilha em que Tim Duncan morava.

Sem se adaptar aos treinos no mar, ele ouviu o conselho do cunhado e foi tentar a sorte no basquete – afinal, já era alto para a idade.
Depois de um começo difícil, Tim Duncan logo pegou o jeito e se tornou um fenômeno, despertando interesse da universidade de Wake Forest, onde foi cursar psicologia e jogar basquete. E de lá só saiu, depois de formado, para brilhar na NBA.

 

A EXCEÇÃO
Como não poderia ser diferente, com Michael Jordan foi tudo diferente. Ao contrário dos outros craques, que depois de chegar na NBA não cogitaram tentar a sorte em outro esporte, MJ deixou o basquete quando estava no auge da carreira.

Na metade do ano de 1993, após três títulos consecutivos com o Chicago Bulls, no primeiro tricampeonato da franquia, o camisa 23 anunciou que trocaria a quadra pelo estádio de beisebol para realizar um sonho do pai, que foi assassinado num assalto em julho daquele ano.
Assim, no início de 1994, com 31 anos e no auge da carreira, Jordan assinou contrato com o Chicago White Sox para defender o Birmingham Barons, do Alabama, um time filiado ao White Sox e que disputa o equivalente à terceira divisão do beisebol.
Um fator determinante para a troca – que cá entre nós, vai da água para o vinho – é que White Sox e Bulls, ambos de Chicago, pertencem ao mesmo dono: Jerry Reinsdorf.

No bastão – como já era de se esperar -, Jordan teve um desempenho bem diferente do que sempre apresentou em quadra (http://abre.ai/jordan_highlights).

Ele disputou 127 jogos pelo Barons na temporada de 1994 e teve média de aproveitamento nas rebatidas de 20.2% – abaixo do que podemos considerar como razoável, que é acima de 25%. MJ marcou apenas três home runs, impulsionou 51 corridas e conseguiu roubar 30 bases.

Além do desempenho, outra coisa bem diferente do que ele estava acostumado na NBA era a estrutura. Tanto que Jordan chegou a comprar um ônibus novo, mais moderno e confortável para o time poder viajar para os jogos fora de casa.

Mesmo assim, Jordan levou muita gente para os estádios e os jogos do Barons, mesmo numa divisão inferior, passaram a ser transmitidos, claro, por causa dele.

Para a alegria dos fãs de basquete, principalmente os do Bulls, Jordan anunciou seu retorno à NBA no dia 10 de março de 1995. E já no primeiro ano após o retorno, usando o número 45 (o 23 havia sido retirado), levou o Bulls até a semifinal de conferência.

Depois, já de volta com a camisa 23, a história se repete: mais uma vez com Michael Jordan como protagonista o Chicago Bulls conquista mais um tricampeonato da NBA.

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