Três dias. 72 horas. O College Basketball está de volta e do melhor jeito possível. Ginásios lotados com os alunos e fãs nas arquibancadas, calendário recheado de ótimos confrontos, quatro meses de puro entretenimento até chegarmos as três melhores semanas do ano em Março. 

Montamos um guia com os principais times, principais jogadores, sistema de jogos e muito mais. Vamos nessa que o March Madness é logo ali. Assista aqui:

PRINCIPAIS TIMES

Vamos tentar mais uma vez. Será que dessa vez a nossa previsão ficará perto da realidade? Com vocês, os melhores times do College Basketball da temporada 2021-22.

1- Gonzaga: O treinador Mark Few conseguiu manter a base da equipe. Suggs e Kispert seguiram seus caminhos para a NBA, mas o técnico adicionou a provável primeira escolha do Draft no seu elenco. Estamos falando de Chet Holmgren, mais um unicórnio que será one and done no College. Hunter Sallis é outra adição importantíssima e terá um impacto imediato. Drew Timme será a cara da equipe e a cara do College nesta temporada, o bigode mais charmoso de Spokane irá liderar Gonzaga mais uma vez para a grande final do March Madness. 

2-  UCLA: A cultura de Mick Cronin está instalada. O College sempre fica mais legal quando o time azul e dourado vai bem. Sempre trazendo o passado à tona, com seus ídolos Joh Wooden, Walton, Kareem e outros. Apertem os cintos pois eles ficaram, Johnny Juzang e Jaime Jaquez Jr. serão os líderes juntos de Campbell e o pivô Cody Riley. Uma peça importante que chegou foi o novato Peyton Watson, que não ficará por muito tempo, mas chega em um momento decisivo para a Universidade. 

3- Kansas: Mais uma temporada que promete muito para o técnico Bill Self. Sempre falamos que times experientes no College são diferentes, nesta temporada é o que Kansas conseguiu. O retorno de Ochai Agbaji e Jalen Wilson demonstra profundo comprometimento com a equipe. Remy Martin, um dos principais jogadores ofensivos da NCAA, se transferiu de Arizona State para ajudar e dar mais profundidade para a equipe de Lawrence. 

4- Michigan: Juwan Howard implementou sua cultura no programa. O técnico está tendo bons dias em Ann Arbor. Hunter Dickinson um dos principais jogadores da classe resolveu ficar e ajudar a equipe nesta temporada. Pode ser que pinte um Final Four. A chegada de três calouros badalados, Caleb Houstan, Moussa Diabate e Kobe Bufkin, faz a equipe ficar ainda mais divertida de assistir. 

5- Texas: Chris Beard chegou, praticamente pulou o muro de Texas Tech. Conseguiu garimpar bons nomes no portal de transferência. Terá profundidade em um backcourt com Andrew Jones e Courtney Ramey. Será que a possível mudança de conferência de Texas para a SEC pode afetar de alguma forma os fãs? Vamos ficar de olho nesse time que promete muito. 

PRINCIPAIS JOGADORES

Drew Timme (Gonzaga) – junior (3º ano) – ala-pivô/pivô
Médias em 2020-21: 19.0 pontos, 7.0 rebotes e 2.3 assistências

Timme já foi essencial em um time recheado de talento, que perdeu apenas uma partida em 2020-21, justo a final nacional. Sem Suggs, Kispert e Ayayi, o pivô será ainda mais determinante em um eventual sucesso dos Bulldogs. Junto com Holmgren, deve formar uma das melhores duplas do College.

Kofi Cockburn (Illinois) – junior (3º ano) – pivô
Médias em 2020-21: 17.7 pontos e 9.5 rebotes

Cockburn anunciou sua transferência de Illinois no meio da offseason, no entanto mudou de ideia e acabou retornando para casa. O pivô é um dos mais letais e dominantes jogadores de garrafão do College. Espere muitos duplos-duplos do jogador.

Chet Holmgren (Gonzaga) – freshman (calouro) – pivô

Holmgren é mais uma daquelas aberrações físicas. Apesar de ser fraco, o pivô é extremamente rápido e faz de tudo um pouco nos dois lados da quadra. Espaça o jogo com sua bola de três, tem um ótimo controle e trabalho de pés, além de ser um grande defensor do aro dentro do garrafão. Possível escolha número 1 do Draft de 2022.

Paolo Banchero (Duke) – freshman (calouro) – ala-pivô

Nos poucos treinos e amistosos mostrados até agora, Banchero mostrou aquilo que tem de melhor: atleticismo. O ala-pivô é muito ágil, corre a quadra com muita facilidade e é um matchup extremamente difícil de enfrentar contra qualquer defensor. Veremos mais um excelente prospecto de Duke saindo para a NBA.

Menções honrosas: Max Abmas (Oral Roberts), Trayce Jackson-Davis (Indiana), Collin Gillespie (Villanova) e Hunter Dickinson (Michigan)

COMO FUNCIONA A CLASSIFICAÇÃO AO MARCH MADNESS

Cada conferência tem seu próprio torneio mata-mata em que o campeão garante a vaga para participar do torneio da NCAA. Ao todo são 32 conferências, logo 32 vagas estão reservadas para os campeões dos torneios das conferências. Para as outras 36 vagas restantes, um comitê da NCAA formado por diretores atléticos de conferências e universidades se reúnem para decidir quais universidades ficarão com as vagas. Os critérios são:

Rating Percentage Index, RPI – índice de porcentagem de notas

Classificação no ranking nacional

Força de calendário (Qualidade técnica dos adversários enfrentados ao longo da temporada)

Também existe um RPI adaptado, usado pelo comitê de seleção. Os ajustes levam em conta fatores como vitórias contra times com excelente classificação. Esse RPI adaptado não é revelado.

OBS: Por ter um nível técnico menor, as Mid-Majors dão apenas uma vaga para o torneio. Mas não é difícil ver duas ou mais equipes de conferências menores serem selecionadas para o torneio da NCAA.

OBS 2: Em compensação, uma Major conference como a ACC por exemplo, sempre tem 7 ou 8 times selecionados pro torneio por ser considerada uma conferência muito competitiva e com nível atlético e acadêmico excelente.

O QUE SÃO AS CONFERÊNCIAS?

O que é a NCAA (National Collegiate Athletic Association)

A NCAA é a entidade máxima dos esportes universitários nos EUA, responsável por organizar e gerenciar competições regionais e nacionais entre as universidades. A NCAA possui 3 grandes divisões no college basketball. A primeira divisão é a mais forte e recebe a maioria das universidades tradicionais dos EUA, as regras para se fazer parte da primeira divisão é ter um programa esportivo que contemple pelo menos 14 esportes tanto no feminino como no masculino.

O que são conferências, quantas são e quantas universidades existem na 1ª divisão

Na primeira divisão da NCAA existem 354 universidades distribuídas em 32 conferências. Cada conferência tem entre 8 e 14 universidades. As conferências são uma espécie de liga menor, mas todas são ligadas a NCAA. Cada conferência tem poder para vender os direitos televisivos dos jogos de seus filiados e também podem organizar torneios e concederem premiações aos melhores atletas.

As conferências inicialmente eram criadas com o intuito de reunir universidades de uma determinada região. Com o passar do tempo as universidades começaram a trocar de conferência na medida em que outras ofereciam contratos televisivos melhores, e portanto perdeu-se a regionalidade. Mas os nomes das conferências ainda são em referência a região do país em que se encontram. Ex: Big EAST, Pacific-12, Missouri Valley.

Existem SEIS grandes conferências no college basketball: ACC, BIG Ten, BIG 12, PAC-12, BIG EAST e a SEC. Nelas estão as mais tradicionais e vitoriosas universidades do college basketball.

As diferenças para a NBA

A NCAA tem algumas diferenças em relação à NBA.

  • Na NCAA o jogo é disputado em dois tempos de 20 minutos, e não em quatro de 12 como na NBA.
  • O tempo de posse de bola é de 30 segundos.
  • Faltas coletivas: Da sétima à nona falta coletiva do time no tempo, o seu adversário tem direito a um lance livre (ONE ON ONE), dois caso acerte o primeiro. A partir da décima, dois lances livres são marcados. Na NCAA, todas as faltas pessoais, defensivas e técnicas, na quadra ou de qualquer um no banco são consideradas como falta coletiva. Faltas ofensivas cometidas por jogadores que não estão com a posse de bola também são faltas coletivas.
  • O arco da linha de 3 pontos da NCAA mede 6,32 metros, enquanto a da NBA mede 7,24.
  • Na NCAA após cometer 5 faltas o atleta é eliminado da partida.

DATAS PARA FICAR DE OLHO

Os meses de novembro e dezembro costumam ser recheados com confrontos interessantes. A NCAA aproveita algumas datas comemorativas, como o Thanksgiving (Dia de Ação de Graças), para montar campeonatos específicos e busca sempre o melhor entretenimento para o público. 

Confira abaixo a lista com os melhores jogos do College Basketball neste primeiro mês: 

  • Champions Classic (09 de novembro): Duke x Kentucky e Kansas x Michigan State (jogos para assistir de terno e em pé)
  • Gonzaga x Texas (13 de novembro): dois times Top 5 se enfrentando
  • UCLA x Gonzaga (23 de novembro): se enfrentaram no Final Four no último March Madness
  • Duke x Gonzaga (26 de novembro): Gonzaga com um calendário não conferencional muito complicado nesta temporada
  • North Carolina x Michigan (01 de dezembro): Melhor jogo do desafio entre a ACC/Big10 
  • Baylor x Villanova (12 de dezembro): atual campeã recebe uma das favoritas
  • Memphis x Tennessee (18 de dezembro): Rivalidade estadual que vai tremer o campus

ONDE ASSISTIR O COLLEGE BASKETBALL

A ESPN transmitirá alguns jogos, geralmente na segunda-feira. Ela também transmite todo o March Madness. O Star+ terá vários jogos ao vivo em sua plataforma.

Here is your JavaScript code: Place this code in the section: Place this code where you want the "Below Article Thumbnails" widget to render:
Place this code at the end of your tag: