O NBB teve uma importante reunião nesta quinta-feira (25/06) onde traçou a data de início da próxima temporada e também os primeiros detalhes sobre ela, em reunião do Conselho de Administração da Liga Nacional de Basquete (LNB), através de vídeo conferência.

A data prevista para o início do campeonato nacional foi confirmada para o dia 14/11 (sábado). E a partir de agora, todos os times que possuem a intenção em fazer parte da próxima temporada do NBB precisam cumprir os prazos que também foram definidos em reunião.

Os clubes decidiram que o dia 14/08 será o prazo final para a negociação de direito associativo das equipes que pretendem participar do NBB, e que no dia 30/08 todos precisarão oficializar suas participações no campeonato comprovando as documentações financeiras necessárias para a aprovação do Conselho, além da validação do Livro de Dívidas (referente à certidão de situação regular de valores contratuais dos atletas e comissão técnica da temporada anterior).

A LNB anunciará a lista final de times participantes da temporada 2020/2021 no dia 04/09 para que possa realizar a publicação do regulamento final do NBB e da tabela completa de jogos no dia 15/09.

As datas aprovadas pelos clubes levarão sempre em consideração o avanço do controle da pandemia no Brasil e todos os protocolos de saúde determinados nesse período. Criada durante a suspensão da última temporada, a Equipe Multidisciplinar da LNB continua avaliando todos os possíveis cenários para o retorno do campeonato.

Manutenção dos quatro atletas estrangeiros

Em relação ao regulamento do NBB, os clubes decidiram pela manutenção dos quatro atletas estrangeiros permitidos por equipe, item que foi implementado na competição passada. Durante a reunião do Conselho, o Departamento Técnico Operacional da LNB apresentou um estudo em relação à quantidade de atletas internacionais nas principais competições do mundo que contribuiu pela permanência da regra.

No NBB, mesmo com a permissão de quatro estrangeiros na temporada 2019/2020, as equipes tiveram, em média, somente 2,88 de atletas não-nativos em seus elencos. Quando comparado com outras ligas, o Brasil aparece nas últimas posições, de acordo com o relatório da FIBA:

Migration Report FIBA 2019
• Espanha: 70,1% (Até 8 estrangeiros por equipe, sendo 6 europeus e 2 dos USA)
• Itália: 56,1%
• França: 54,9%
• Argentina: 34,3% (Embora sejam permitidos até 8 estrangeiros por equipe)
• Austrália: 36,4%
• Japão: 27,7%
• Média das Competições acima = 46,6% de estrangeiros
• Brasil: 19% (NBB 2019/2020)

Grandes ligas do mundo permitem hoje mais do que cinco atletas estrangeiros, sem contar os jogadores conhecidos como “home-grown” (formados no país), que também entram na conta das equipes. Na Liga Endesa (Espanha), por exemplo, é permitido um mínimo de 4 “home-grown” mais dois atletas não-europeus e 6 europeus de outros países. Na França, o número aumenta para o máximo de 6 “home-grown”, sendo um limite de 4 estrangeiros não-europeus.

Na Liga Argentina, um dos maiores rivais das equipes brasileiras nas competições continentais, desde 2016, é permitido o máximo de 8 atletas acima de 24 anos independentemente da nacionalidade. Inclusive, na Basketball Champion League Americas (BCLA), é permitido para cada equipe 4 atletas estrangeiros mais um jogador da América Latina ou Caribe e um atleta naturalizado, o que se aproxima à regra do NBB.

 

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