Em revanche do Play-In de 2021, times de Ja Morant e Stephen Curry começam hoje decisão por vaga na final do Oeste
A última vez que o Warriors disputou uma série de Playoff, em 2019, Ja Morant ainda nem estava na NBA. Foi o último ano do time com Kevin Durant no elenco, encerrado com a derrota nas Finais para o Toronto Raptors de Kawhi Leonard e Kyle Lowry.
Mas três anos depois, e cá estão os Warriors comandados por Stephen Curry, Draymond Green e Klay Thompson, a versão final do que pode se tornar o trio draftado por Memphis de Ja, Jaren Jackson Jr. e Desmond Bane (esse, trocado pelo Boston Celtics na noite do draft).
A série traz ainda mais um paralelo interessante: além da disputa entre juventude e experiência, é a revanche do Play-In de 2021, onde os Grizzlies eliminaram Stephen Curry em uma de suas melhores temporadas na carreira.
Números importantes:
- Contra o Nuggets, na primeira rodada, Golden State teve a quarta maior marca de eficiência de quadra combinada (60.8% EFG) da história da NBA
- Memphis teve a melhor defesa da temporada sobre os Warriors, mas Klay Thompson jogou apenas 20 minutos totais dos quatro confrontos
- Memphis teve a terceira melhor defesa do primeiro round, o que não é necessariamente impressionante sendo que o Timberwolves também é uma equipe jovem
Pontos importantes:
- A idade vai pesar?
Respondendo uma pergunta enquanto se dirigia ao vestiário após a vitória no jogo 5 contra Denver, Klay comentou como estava feliz, mas exausto.
Querendo ou não, o núcleo principal do Warriors não é mais jovem, e acumulou problemas físicos nos últimos anos que podem tornar preocupante uma série mais longa e corrida – como esta deve ser contra este Grizzlies de alegria nas pernas.
Porém, o outro lado também conta, sendo que ficou visível no primeiro round como Morant e seus companheiros ainda estão aprendendo a jogar Playoffs, apostando demais na euforia de uma vitória antes de confirmar o trabalho.
- Ja uma superestrela?
Morant foi inconsistente na série contra Minnesota, anotando 21.5 pontos, 10.5 assistências e 8.7 rebotes, mas chutando apenas 38% de quadra e dando 4.2 turnovers por partida.
Seu melhor momento foi no final do jogo 5 quando fez os últimos 13 pontos do time, em uma coleção de acrobacias que lembram o porquê de ser um dos maiores talentos da NBA.
Mas caso Memphis queira derrotar Steph e os Warriors, Ja precisa mostrar consistência em suas performances… assim como todo o time, que venceu três partidas estando perdendo por 10 ou mais pontos no último quarto, mostrando resiliência mas também uma inconstância que pode ser letal conforme sobem de nível.
O palpite…
Levando em conta a temporada regular e o último encontro decisivo entre as duas equipes, talvez o certo fosse apostar na energia de Memphis, agora acalmada após se livrarem de um Timberwolves incansável e irritante (no bom sentido) no primeiro round.
Porém fica difícil apostar contra um time que tem seu principal trio e que recuperou o gosto de ganhar uma série de Playoff e, ainda por cima, gosta de enfrentar equipes que jogam em velocidade (todos gostariam tendo Stephen Curry e Jordan Poole em quadra).
Memphis vai brigar, mas a urgência de um time campeão no final de seus anos de auge deve falar mais alto: Warriors em 6.
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