Começa nesta sexta-feira (2 de outubro) as finais da WNBA com as partidas acontecendo nos dias das finais da NBA em um horário mais cedo, formando uma rodada dupla das finais do melhor basquete do mundo no masculino e feminino.

Seattle Storm e Las Vegas Aces fazem o primeiro jogo às 20h (horário de Brasília). Os dois primeiros times do campeonato se enfrentarão em uma melhor de cinco jogos para decidir o vencedor de 2020. Podemos ter um campeão inédito caso o Las Vegas Aces vença ou o quarto campeonato de Seattle Storm e Sue Bird em 16 anos. Em todo caso, a final está imperdível e será transmitida pela ESPN antes das finais masculinas.

Seatle Storm chega com força

No domingo (27) o Seattle Storm cravou a vaga na final da WNBA. O time que já chegou em 3 finais – 2004, 2010 e 2018 – nunca perdeu na última fase, feito que somente o Houston Comets, de Janeth Arcain, conseguiu.

O denominador comum em todas essas aparições? Sue Bird. A armadora lendária, está em sua 19° temporada pelo time e esteve presente em todas as conquistas. Draftada em 2002, de UConn, Bird se juntou a Lauren Jackson, a australiana 3x MVP da liga, para ganhar o primeiro título da franquia sobre o Connecticut Sun. Juntas, elas conseguiram o segundo anel em 2010, com incríveis 17-0 em casa, contra o Atlanta Dream. Os dois títulos tornaram o Seattle Storm, na época, a franquia mais vitoriosa da cidade.

Os anos seguintes foram turbulentos para a equipe, imprevistos e lesões sérias tiraram o time da briga pelo título nos anos seguintes, mas a esperança estava concentrada nas novas jogadoras que viriam do Draft.

Em 2015, o Storm possuía as picks #1, #3, #20, #26 da loteria, uma ótima oportunidade para reestruturar o elenco e voltar a brigar pelas primeiras posições. Neste ano, Jewell Loyd, também de UConn, foi a primeira selecionada do draft e levou pra casa o prêmio de Rookie of The Year apesar de o time não se classificar para os playoffs.

Com o pior recorde da liga, Seattle novamente tinha a pick #1 da loteria, e não decepcionou, buscando outra jogadora da lendária universidade de Connecticut, Breanna Stewart, carinhosamente apelidada de Stewie. A jogadora também ganhou o prêmio de ROY, com médias incríveis de 19 pontos por jogo. Entre 2015 e 2017, o time se viu ajustando as deficiências e procurando peças importantes para voltar a ser um contender efetivo.

Em 2018, com a contratação de Natasha Howard e a escolha de Jordin Canadá no Draft, os planos saíram do papel. O time terminou a temporada regular com um recorde de 26-8, garantindo a primeira posição nos playoffs, além de Breanna Stewart ser nomeada a MVP da temporada. Na semifinal, o Phoenix Mercury levou a série até o jogo 5, mas foi derrotado por uma equipe impiedosa, que nas finais não deu chances ao Mystics e varreu o time, garantindo o terceiro título da história da franquia.

No ano passado, uma maré de azar invadiu Seattle e acabou com todos os planos para um back-to-back. Durante a offseason da WNBA, Stewie rompeu o tendão de aquiles enquanto jogava a Euroliga, lesão que a deixaria fora da temporada inteira. Não suficiente, Bird precisou passar às pressas por uma cirurgia no joelho, tirando-a das quadras também. E como se já não bastasse, o técnico principal, Dan Hughes foi diagnosticado com câncer de cólon, precisando se ausentar para o tratamento. Foi o final das esperanças de um título naquele ano, mas uma ótima oportunidade para Loyd e Canadá elevarem seu jogo.

O Seattle Storm chega às finais desse ano mais preparado e completo do que em qualquer outra temporada que tenha disputado. Sem desfalques e experiente, é com certeza, o favorito ao título deste ano. Mas vai enfrentar o primeiro colocado da liga e lar da atual MVP.

Las Vegas Aces se classificou no jogo 5

O outro finalista foi descoberto terça-feira (29) em um jogo emocionante entre Connecticut Sun e Las Vegas Aces, com A’ja Wilson garantindo a vaga à equipe de Nevada.

A franquia recém instalada em Las Vegas, foi fundada em 1997 em Salt Lake City com o nome de Utah Starzz, mas seus momentos mais importantes aconteceram depois da mudança para o Texas em 2003, época em que a franquia foi renomeada para San Antonio Stars, com a posterior chegada de Becky Hammon em 2007.

Muitos conhecem Big Shot Becky, pelo trabalho impecável como assistente de Greg Popovich na NBA. A jogadora tem sua camisa #25 aposentada em San Antonio após ser 6x All Star. Além disso, foi a primeira mulher a ser técnica principal de uma equipe da NBA, em 2015, quando levou o Spurs ao campeonato da Summer League.

Infelizmente, durante todo esse período, Hammon não conseguiu trazer um título para a franquia e em 2017 a organização decidiu colocar o time à venda. Foi então que o MGM Resorts anunciou a intenção de realocar a franquia para Las Vegas, a partir de 2018. Além de poderem jogar na Mandala Bay Events Center, o Aces tinha a #1 pick do Draft daquele ano, e escolheu ninguém menos do que a jogadora de South Carolina, A’ja Wilson.

O técnico dessa equipe é um fator muito importante para explicar o sucesso crescente da franquia. Bill Lambeer, o BadBoy atemporal, 2x campeão por Detroit Pistons em 89 e 90, já é um líder consolidado na WNBA com três títulos pelo Detroit Shock e 2x Coach Of The Year. Sua experiência e visão de jogo são, com certeza, um dos motivos para o Aces estar nas finais este ano.

A equipe contrariou a maioria das estatísticas ao ficar em primeiro lugar nessa temporada. Alguns desfalques importantes, como Liz Cambage, o maior nome atual da seleção australiana e atual recordista de mais pontos em um jogo da WNBA (50), que se recupera do COVID-19. E Kelsey Plum a 1° escolha do Draft de 2017, que está fora devido ao rompimento do tendão de aquiles.

Mas as ausências parecem não ter abalado o time, que liderado pela MVP ao lado de Angel McCougthry emplacaram uma sequência dominante e, mesmo derrapando contra o Sun nas semifinais, podem conquistar o primeiro título da história da franquia.

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Por Ágata Maximo, NBA das Mina.

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