Um dos momentos mais aguardados do esporte americano acontece no draft. Na NBA, não é diferente. É nessa hora que as franquias apostam todas as fichas em jovens promessas vindas do basquete universitário, do colegial e também do exterior.

Todo ano, alguns nomes já despontam com destaque e acabam sendo selecionados logo nas primeiras rodadas.
Porém… Não é sempre que nomes como LeBron James, Tim Duncan e Shaquille O’Neal aparecem como primeira escolha no draft da NBA. Alguns deles não chegam nem perto da expectativa. Listamos as cinco primeiras escolhas que mais decepcionaram na história.

Listamos as cinco primeiras escolhas que mais decepcionaram em toda história da NBA. Alguns tiveram a carreira abreviada por conta de uma série de lesões, uns tiveram problemas pessoais, mas o fato de ser o número um acabou sendo pesado demais para outros.

Anthony Bennett
O primeiro da lista é o ala-pivô canadense Anthony Bennett. Ele foi a primeira escolha do draft de 2013 feita pelo Cleveland Cavaliers. Na época, o jogador estava cotado para aparecer entre as primeiras escolhas do draft, mas ser o primeiro da lista foi surpresa. Mesmo num draft que não trouxe grandes estrelas – além, claro, de Giannis Antetokounmpo que foi a 15ª escolha feita pelo Bucks, à frente do brasileiro Lucas Nogueira, o Lucas Bebê, que foi selecionado pelo Boston Celtics.

O que credenciava Bennett para estar entre os principais nomes daquele draft eram os bons números no basquete universitário. Pela Universidade de Nevada, ele havia conquistado bons números (média de 16 pontos e oito rebotes) e era apontado como o melhor ala-pivô universitário daquele ano. Fora isso, tinha conquistado a medalha de bronze com a seleção do Canadá na Copa América Sub-16, em 2009, e no Mundial Sub-17, em 2010.

Mas, quando chegou na NBA, Bennett não conseguiu se firmar. Em quatro temporadas na liga, jogou por quatro equipes. Além do Cleveland Cavaliers, passou por Minnesota Timberwolves, Toronto Raptors e encerrou sua passagem na NBA no BrooklynNets.

No total foram 151 partidas e apenas 4.4 pontos de média. Depois de sua passagem pela NBA, foi jogar na EuroLeague e também na G League. Na temporada 2018-19, jogando pelo Agua Caliente Clippers, que é ligado ao LA Clippers, ele teve média de 12.2 pontos por jogo em 25 partidas disputadas.

Michael Olowokandi
Outro estrangeiro que decepcionou foi o pivô nigeriano Michael Olowokandi, de 2,13 metros. Ele foi a primeira escolha no draft de 1998, feita pelo LA Clippers.

Naquele ano, Olowakandi dominava o garrafão no basquete universitário atuando pelo Pacific Tigers, da Universidade do Pacífico, e chegou a ser comparado com Shaquille O’Neal. No fim das contas, atuou por nove temporadas na NBA, mas sua médias foram bem modestas: 8.3 pontos e 6.8 rebotes.

Para deixar os dirigentes do Clippers um pouco mais frustrados, nesse mesmo draft foram selecionados jogadores que marcariam seus nomes na história da NBA e que com certeza tiveram muito mais sucesso que a primeira escolha, como Vince Carter, Dirk Nowitzki e Paul Pierce.

Greg Oden
Mais um pivô que deixou a desejar. Greg Oden foi a primeira escolha do Portland Trail Blazers no draft de 2007, que teve logo atrás Kevin Durant sendo selecionado pelo Seattle SuperSonics – que uma temporada depois virou OKC Thunder.

Greg Oden precisou de apenas um ano no basquete universitário, pela Ohio State University, para chamar a atenção do Trail Blazers. Mas, quando iniciou sua trajetória na NBA, se transformou num caso clássico de jogador que teve a carreira abreviada por uma série de lesões.

Logo de cara, perdeu a temporada de estreia após uma cirurgia no joelho direito. Quando fez sua estreia, na temporada seguinte (2008/09), foi discreto. Médias de 8,9 pontos e 7 rebotes em 21 minutos por jogo.
Quando parecia que ia subir de produção, na temporada 2009/2010, mais uma lesão no joelho, desta vez, o esquerdo.

Em março de 2012, ele foi dispensado pelo Blazers depois de um longo histórico de lesões. Só assinou com o Miami Heat em agosto de 2013, mais de três anos após seu último jogo pela NBA. Novamente, não brilhou.
Totalizando foram apenas três anos jogando na NBA – 2008 a 2010 pelos Blazers e 2013–14 pelo Miami Heat -, com só 105 jogos disputados, e médias de 8 pontos e 6.2 rebotes

Em agosto de 2015, Oden assinou com o Jiangsu Dragons, da China, mas rompeu o contrato em fevereiro de 2016, após 25 partidas. Poucos meses depois, em outubro de 2016, com apenas 28 anos, anunciou sua aposentadoria das quadras.

Kwame Brown
Com 2.11 metros e 132 kg, o pivô Kwame Brown chegou na NBA com um peso enorme nas costas.
Sem sequer passar pelo basquete universitário, o jogador foi a primeira escolha do Washington Wizards no draft de 2001 e se tornou o primeiro atleta do ensino médio a ser Draft número 1. Não bastasse isso, foi uma aposta feita por Michael Jordan, na época mandando no Wizards.

Naquele draft, a franquia preferiu apostar em Brown e deixou passar nomes como Pau Gasol e Richard Jefferson.
Se jogando pela Glynn Academy, na Georgia, Brown estabeleceu o recorde escolar em rebotes e bloqueios, quando vestiu a camisa de uma franquia da NBA, decepcionou.

Em sua primeira temporada pelo Wizards, para desespero de Jordan, teve médias bem abaixo da expectativa, com 4,5 pontos e 3,5 rebotes por jogo.  Depois de mais três campeonatos disputados com a equipe de Washington, foi para o Los Angeles Lakers, e também não ajudou o time de Kobe Bryant nas três temporadas que esteve por lá.
Ainda passou por Memphis Grizzlies, Detroit Pistons, Charlotte Bobcats e Golden State Warriors antes de se aposentar, em 2013, no Philadelphia 76ers. Verdade seja dita, nunca deixou saudade.
De 2001 a 2013, foram 607 jogos na NBA e média de 6,6 pontos e 5,5 rebotes.

Gene Melchiorre
O armador Eugene “Squeaky” Melchiorre, ou simplesmente Gene, era o grande nome do basquete universitário na década de 1950. Por isso mesmo não foi nenhuma surpresa quando acabou sendo a primeira escolha do draft de 1951 feita pelo Washington Bullets – que depois se transformou em Washington Bullets e, por fim, Wizards.

Melchiorre era a estrela da universidade de Bradley, Illinois, e tinha tudo para ser um dos grandes nomes da NBA. Havia uma enorme expectativa sobre sua atuação no basquete profissional e, pela forma que jogava, teria mais sorte que os outros já citados.

Acontece que Melchiorre se envolveu em um grande escândalo de manipulação de resultados e apostas esportivas na época do basquete universitário. Ele confessou ter participado desse esquema onde ele era um dos jogadores que aceitaram suborno para segurar o placar e garantir que o time dele não passasse de uma determinada diferença de pontos.

Nesse escândalo, sete universidades e 32 jogadores de todo os EUA foram acusados. No dia 24 de julho de 1951, Melchiorre e quatro de seus colegas de equipe admitiram aceitar subornos para manter a diferença de pontos de duas partidas.

Por esse escândalo, mesmo sendo a primeira escolha no draft um pouco antes de admitir ter recebido suborno, ele acabou sendo banido para sempre da NBA. Recentemente, em entrevista ao NY Times (http://abre.ai/melchiorre_nyt), ele contou como foi sua vida após ser banido da NBA.
Primeira escolha do draft de 1951, Gene Melchiorre morreu em 27 de setembro de 2019 aos 92 anos sem nunca ter pisado numa quadra da NBA.

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